segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Segundo Turno Eleições 2010

Hoje uma mulher entrou pra história do nosso país ao se tornar à primeira mulher eleita presidente. Assim como muitos países, nós agora temos uma mulher como representante da nação. O cerne da discussão em todos os lugares desde a escolha dessa mulher para a candidatura girou em torno da capacidade técnica para o cargo, uma vez que, embora estivesse à frente de importantes pastas do governo, ela nunca exercera um cargo de tamanha importância.

Se pararmos pra olhar a história de muitos de nossos presidentes, veremos que a experiência nunca foi um fator de grande importância num primeiro turno. Jango, embora fosse um ótimo técnico, possuía bem pouca capacidade de diplomacia. Nosso atual presidente também não tinha exercido nenhum cargo eletivo até 2002. Aprendeu a duras penas que para ser um bom presidente ele teria que ceder para algumas classes e, assim aprendeu que para ganhar era necessário perder algumas vezes.

Tomar decisões é algo muito difícil, ainda mais quando se tem nas mãos a vida de milhares de pessoas. Quando o destino de uma nação depende de você. Todavia ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, em nossa nação o presidente não decide sozinho. Temos um Congresso e um Senado que auxiliam na tomada das decisões. E também o povo, que manifesta sua vontade não apenas na escolha de seus representantes, mas também, através de referendos e plebiscitos e iniciativa popular.

Assim, o destino da nação não fica entregue nas mãos de apenas uma pessoa, mas de todos. Acredito que um dos maiores problemas de nosso país seja a educação. Sem ela as pessoas não são capazes de decidir o que é melhor nem para si, tampouco para a nação. Longe da noção de política que aprendemos no dia a dia, a política é feita de decisões que visam o interesse coletivo. Segundo o dicionário Michaelis (2008) Política é: 1. A arte ou ciência de governar. 2. Aplicação dessa arte nos negócios internos (política interna) ou nos negócios externos (política externa). 3. Conjunto dos princípios ou opiniões políticas. 4. Maneira de agir ou tratar com habilidade.

A nossa próxima presidente tem muitos desafios, dentre eles o de substituir um presidente que foi, senão sempre eloqüente, foi um dos presidentes mais populares dentro e fora do nosso país. E assim como diz o dicionário, deverá agir ou tratar com habilidades as questões mais delicadas referentes à política externa e interna. Ela deverá dar continuidade aos projetos de infraestrutura no país, aos programas de melhoria da saúde pública, e também ao desenvolvimento tecnológico e educacional. Afinal sem educação todo o resto é balela.

A educação e a saúde precisam ser olhadas com um carinho todo especial. Sem saúde não temos nada. Nem todo o dinheiro do mundo pode comprar a saúde. Sem educação não temos bons profissionais e nem cidadãos, temos apenas burros de carga. As obras de infraestrutura, em especial referentes ao saneamento básico, são primordiais para que haja uma melhoria na saúde pública e na educação, uma vez que sem saúde ninguém é capaz de aprender.

Vejo esses três, como fatores preponderantes na organização de planos estratégicos de governo, mas à longo prazo deverão se analisados outros fatores tão importantes quanto. Não se pode fazer política de curto prazo, precisamos de curto, médio e longo prazo. Soluções nunca são definitivas, mas precisam ser pensadas em todo o tempo, antevendo o que virá, para que não sejamos apenas bombeiros apagando incêndios.

Nosso país precisa mais do que nunca de um governante que não olhe apenas os números, mas que olhe a necessidade de cada cidadão, como sendo a necessidade de todo o país. Porque quando temos uma célula doente, todo o corpo sente os efeitos do desequilíbrio.

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