terça-feira, 18 de outubro de 2011

PESSOAS BRILHANTES

Ouvi certa vez a citação de Dick Corrigan que diz: Pessoas brilhantes discutem ideias. Pessoas medíocres discutem coisas. Pessoas pequenas discutem sobre outras pessoas". Fico impressionada com a quantidade de blogs e livros de pessoas pequenas, que só sabem discutir a vida de outras pessoas. Acham-se tão superiores, ou querem parecer tão superiores que precisam elogiar-se na frente dos outros para tentar provar que são superiores, para receberem elogios. Elas só sabem reclamar da vida, do quanto são injustiçadas, do quanto os outros são burros e incapazes de usar a massa cinzenta que vulgarmente chamamos de cérebro. Só que ao fazerem isso só nos mostram o quão pequenas são.

Longe de mim querer parecer uma pessoa brilhante, estou longe disso. Sou uma pessoa em construção, e quando olho ao meu redor vejo pessoas maravilhosas que me ajudam neste caminho que resolvi traçar. Este ano tive o prazer de conhecer várias pessoas que se ainda não são brilhantes, estão muito próximas de serem. Só pra citar algumas delas digo que trabalho hoje com duas professoras cuja criatividade me impressionam. De-lhes um desafio, elas se unem como duas brilhantes estrelas e transformam tudo em algo mágico. Há ainda uma outra, que com suas mãos é capaz de transformar o lixo em luxo, criando várias peças úteis e bonitas.

Há várias outras, confesso que atualmente são todas professoras. Criativas, cheias de brilho, que não se deixam abater pela não concretização de seus sonhos, mas que são capazes de transformar a adversidade em vitórias. São mulheres incríveis, talhadas com a pesada mão da vida, mas que não perdem a doçura no momento certo, são firmes nos momentos precisos e sabem viver como ninguém. são mães, mulheres, professoras, guerreiras, esposas, noivas, namoradas, amigas, filhas, netas, enfim, vivem todos os personagens que tem que ser nesse palco que é a vida, sem jamais cair do salto, sem olhar muito para trás. E eu as admiro muito, apesar do pouco tempo de convivência, e a cada dia desejo aprender mais com elas.

Longe de mim citar nomes, uma vez que essas pessoas não necessitam de exposição gratuita, mas sei que ao lerem minhas palavras, serão capazes de se identificar. Espero um dia, ter um pouco da criatividade de cada uma delas, transformando o lixo em luxo, tendo criatividade para vencer os desafios que me impuserem. Vivenciando cada segundo de cada vez, sem pressa, sem medo, simplesmente vivendo o que a vida tem a me oferecer, sempre buscando melhorar. Aprendendo a aprender sempre.

Ontem fui pequena, hoje sou mediana, amanhã quero ser grande. Ser um mosaico de todas as vivências que tive e que ainda terei. Quero ajudar a moldar vidas, moldando a minha própria. Quando eu for grande, quero ter todos os nomes de grandes mulheres escritos em mim, para que possa mostrar ao mundo que não precisa ser famoso pra ajudar ninguém, os que mais ajudam a humanidade sequer serão lembrados pelas pessoas pequenas, essas pessoas invejosas e recalcadas, mas serão vistas em cada semente que plantaram e serão lembradas pelos corações que encantaram.

A todos que buscam a iluminação interior e o crescimento, desejo que conheçam pessoas brilhantes e iluminadas como eu conheci. Pessoas que ajudem vocês nessa dura caminhada. E as pessoas brilhantes, à estas eu não digo nada, a não ser obrigada por existirem.


Ela é Bamba

"Então vamos lá!:
Ana, Rita, Joana,
Iracema, Carolina"

Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba
Ela é bamba!...(2x)

Ela é bamba!
Essa preta do pontal
Cinco filhos pequenos pra criar
Passa o dia no trampo pau a pau
E ainda arranja um tempinho pra sambar

Quando cai na avenida
Ela é demais
Todo mundo de olho
Ela nem aí
Fantasia bonita
Ela mesmo faz
Manda todas
Não erra a mira...

Mãe, passista, atleta
Manicure, diplomata
Dona da boutique
Enfermeira, acrobata...

(Bailábailá)

Bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bambá!

(Bailábailá)

Bamba!

(Bailábailá)...hei hei heei!


Ela é bamba
Essa índia da central
Vai no ombro
Um cestinho com neném
Oito quilos de roupa no varal
Ainda vende cocada nesse trem

Toda sexta
Ela fica mais feliz
Vai dançar numa boate do Jaú
Faz um jeito
E já pensa que é atriz
Cada dia inventa um nome

Dora, Isaura, Emília
Terezinha e Marina
Ana, Rita, Joana
Iracema e Carolina...

Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!
Ela é bamba!...(2x)

Dora, Isaura, Emília
Terezinha e Marina
Ana, Rita, Joana
Iracema e Carolina
Laura, Lígia, Luma
Lucineide, Luciana
Quer seu nome escrito
Numa letra bem bacana...

Ela é bala
A mestiça é todo gás
Cada braço é uma viga do país
Abre o olho com ela meu rapaz
Ela é quase tudo que se diz...

Quando compra uma briga
Ela é demais
Vai no groove
E não deixa desandar
Ela é pop, ela é rap
Ela é blues e jazz
E no samba é primeira linha...

"Vamo lá!:
Laura, Ligia, Luma
Lucineide, Luciana
Quer seu nome escrito
Numa letra bem bacana...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

HÁ MUITO TEMPO ATRÁS

Em julho, o Quatro Estações completou seu primeiro aniversário. no entanto não tive como postar nada. Só pra variar minha vida deu outro giro de 180º, e não tive como escrever. Abandonei meu trabalho para dedicar-me ao sacerdócio da educação. Como em toda mudança, convivi com os prós e os contras, e a cada dia era questionada sobre minha escolha. O volume de trabalho aumentou muito e deixei de ter os finais de semana apenas para o lazer e descanso.
Como falei, tudo na vida tem seus prós e contras. A mudança me trouxe grande felicidade, apesar da dura rotina que tenho agora; além do mais, surgiram outras possibilidades na minha vida. Mas creio que meus leitores não se interessam por meus passos, mas por meus olhares. Então vamos lá...
Numa das minhas viagens para a escola em que trabalho a tarde, dentro do ônibus, parada num sinal de transito, percebi que as pessoas transmitem várias histórias com seu andar. Sou míope e sempre reparo nos detalhes que desprezamos normalmente, porque sem meus óculos preciso de uma referência para me guiar. Na época da faculdade uma das disciplinas era Psicologia Social, com ela aprendi que todos temos uma história pra contar, e que pode ser contada além das palavras ditas. Reparei que os centros das grandes cidades contam histórias para além de sua arquitetura. Há aqueles que andam apressados porque estão atrasados para um compromisso, aqueles que andam apressados por hábito, aqueles que andam devagar observando cada detalhe com atenção, aqueles que andam desconfiados, sempre tensos e muitos outros mais. Reconhecemos um gringo por suas roupas ou por sua estranha palidez, um tanto quanto incomum numa cidade tropical como o Rio de Janeiro. Não que não tenhamos nossos albinos, mas eles tem um jeito peculiar, um jeito... não carioca de ser. Algumas pessoas transparecem de forma mais intensa sua história, enquanto que outras criam um casco tão duro que é mais complicado lê-las.
De qualquer forma, quando andarem pelo centro de alguma grande cidade, façam o exercício de olhar um instante para ler as histórias que cada um é capaz de contar através de seu andar, de seu falar, de seus gestos, entre outras coisas. Imagine quantas vezes essa pessoa pode ter passado ou ainda passará por você sem quer vocês sequer se conheçam. Tente transpor o tempo, o lugar e as convenções, tente imaginar como seria a sua vida se você fosse essa pessoa. Neste momento você será capaz de dizer muito mais sobre a cidade do que apenas lendo os guias turísticos. As cidades não são compostas somente de lugares de trabalho, lugares de lazer, pontos turísticos... as cidades são feitas, principalmente, de pessoas. Pessoas como eu e você. Pessoas comuns, pessoas que tornam as coisas melhores para todos ou apenas para alguns.


Seu Olhar

Seu Jorge

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem

Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor...