sábado, 13 de novembro de 2010

A Morte da Alma

Uma estaca encravada em meu peito sangra

A dor lancinante que atormenta minha alma

Fundia-se com a dor de meu peito em chamas

Mudara e ocultara a verdade estranhamente

E como um mendigo vagara arfante

No meio do nada, no meio de tudo.

Sem rumo, confusa, atribulada, errante

No peito uma dor, na alma uma morte

Se tudo fosse simples, simples seria

Se nada fosse simples, simples não estaria

Outrora a verdade libertara o coração ferido

Nesta hora a verdade aprisiona a alma cansada.

Um mundo, o escuro, um instante que separa

A roda, a vida, a magia, a ilusão, a farsa

Platão, Sócrates e a palavra

A verdade é mentira

A mentira é verdade

Esquecemos ao longo da vida

Essa grande máxima.

Palavra

Causa, efeito, malfeito, refeito

O verbo

Incerto, desperto, desconexo, controverso

Palavra e verbo

Verbo e palavra

Oculto, insulto, insano, imundo

Cada lado de uma moeda

Cada cara, cada coroa

A mesma coisa

O mesmo lado

O mesmo acaso

O mesmo caso.

E tudo não deixou de ser um devaneio tolo

De uma tola que acredita que escreve.

(Edilene Almeida - 31/10/2010)

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